Conjuração Baiana



Quase dez anos depois da Inconfidência mineira, no dia 12 de agosto de 1798, minha cidade (Salvador) amanhanceu com paredes e muros pichados com palavras de ordem revolucionárias e com panfletos e boletins - chamados de pasquins sediciosos- espalhados por vários lugares onde pudessem ser lidos pela população. Entre as lideranças do movimento, dentre os alfaiates me destaquei (João de Deus do Nascimento) além de Manuel Faustino dos Santos Lira (este com apenas 18 anos de idade), e dos soldados Lucas Dantas e Luiz Gonzaga das Virgens.

Os panfletos que ali colados eram anônimos e o objetivo do manifesto era uma crítica ao exesso de impostos cobrados e a dominação do governo português, que incentivavam o povo a uma revolução republicana.

A autoria dos panfletos foi facilmente descoberta por que houve revelação do crime. O governo agiu rapido prendendo e iniciando a devassa contra as pessoas envolvidas, especialmente aquelas de camadas populares, estes pardos e negros, não possuíam bens e foram condenados a sentenças exemplares como a de TIRADENTES. Boa parte das insurreições naquele não propunha, por exemplo o fim da escravidão. Considero que as relações entre colônia e metrópole não eram baseadas em estabilidade e satisfação, mas eram permeadas de conflitos. 

Para muitos a indepêndencia não foi cavada na Incônfindencia Mineira ou na Conjuração Baiana.


 

 

 

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